São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 1996 |
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Acordo do Banespa tem pontos indefinidos
GUSTAVO PATÚ
Na prática, o que existe até agora é apenas um protocolo de intenções a ser assinado hoje pelo BC e pelo governo paulista. Todo o acordo ainda depende primeiro de detalhamento técnico e, depois, da aprovação no Senado Federal e na Assembléia paulista. Ao anunciar ontem os termos gerais do protocolo, o secretário de Política Econômica da Fazenda, José Roberto Mendonça de Barros, não sabia informar como serão os títulos a serem emitidos para refinanciar metade da dívida paulista. "Ele deve ser um título cambial, com prazos semelhantes aos da dívida externa, entre 20 e 30 anos, mas o detalhamento ainda será concluído", disse. O governo federal também não fez uma avaliação própria dos bens paulistas envolvidos na operação -como é o caso da Fepasa e dos aeroportos de Congonhas e Viracopos. Pela Fepasa, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deverá adiantar R$ 3,6 bilhões em créditos e bens, se a Assembléia paulista aprovar a transação. Sobre uma eventual distorção desse valor, o secretário-executivo da Fazenda, Pedro Parente, disse que "se ao vender a Fepasa, o BNDES conseguir valor a menos, cobraremos de São Paulo", ressalvando ser possível também acontecer o contrário. Irritação A equipe econômica se esforçou ontem para contornar as críticas já feitas por seus próprios membros às condições do acordo. Mendonça de Barros chegou a mostrar irritação quando perguntado sobre a defesa da privatização do Banespa -no início, condição do BC para o acordo, que caiu por decisão da Presidência para que o caso se resolvesse. "Eu gostaria de passar para outra pergunta", disse. Texto Anterior: Pílula anticoncepcional aumenta o risco de coágulo, sugere estudo Próximo Texto: Saída para a Fepasa agrada Índice |
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