São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 1996
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Leptospirose pode ter feito 1ª vítima no Estado

DAS REGIONAIS; DA REPORTAGEM LOCAL; DA AGÊNCIA FOLHA

Um homem morto ontem em Hortolândia, na região de Campinas (99 km de SP), pode ser a primeira vítima de leptospirose do ano no Estado. O resultado do seu exame deve sair em 15 dias.
A Secretaria da Saúde registrou oficialmente 43 casos suspeitos de leptospirose até ontem. Destes, 24 foram registrados no interior e 19 na Grande São Paulo e na capital.
O número de casos pode ser maior, pois os dados registrados nas cidades não são imediatamente repassados à secretaria. Até anteontem, havia pelo menos 66 casos suspeitos no Estado.
A leptospirose é causada por uma bactéria encontrada na urina de ratos e tem maior incidência em épocas de chuva, devido às enchentes (leia quadro ao lado).
Os casos suspeitos são comunicados ao Centro de Vigilância Epidemiológico e uma amostra de sangue é enviada ao Instituto Adolfo Lutz. O resultado sai em uma semana, mas o trâmite legal entre a notificação e o resultado oficial pode levar até 40 dias, o que explica a ausência, até agora, de casos confirmados da doença.
O número de casos vem aumentando. Em 93, foram registrados 363 casos e 53 mortes. Em 94, foram 491 casos e 69 mortes e, em 95, 753 casos e 58 mortes.
Dengue
O número de casos de dengue na região de Presidente Prudente (558 km de SP) triplicou. A Vigilância Epidemiológica registrou, do começo de dezembro até ontem, 285 casos, contra 92 registrados no mesmo período de 94 a 95.
O índice de infestação aumenta com a chuva, pois a água fica armazenada em garrafas e pneus velhos, os quais se tornam por sua vez criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Na região de São José do Rio Preto (451 km a noroeste de SP), desde o mês passado já foram confirmados 36 casos da doença.
Em Barretos (438 km de SP), o número oficial de pessoas com dengue de janeiro a dezembro de 95 passou de 205 para 241 casos. Neste mês, sete pessoas contraíram dengue. Em Ribeirão Preto (319 km de SP) há 160 casos suspeitos em cinco cidades da região nos dez primeiros dias de janeiro.

* Colaborou a Agência Folha.

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