São Paulo, sexta-feira, 12 de janeiro de 1996
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Omissão; Amparo legal; Raciocínio lógico; Mudança de humor; Volta às origens; Compostura; Dúvida; Boas festas

Omissão
"Lendo a reportagem publicada por este jornal no dia 7/1, causou-me estranheza o fato de meu nome não ter figurado entre os integrantes do partido candidatos à Prefeitura de São Paulo. Se 12% dos entrevistados pela pesquisa Datafolha citaram-me como candidato do PPB, estou sendo preterido na pesquisa direta com nomes? Gostaria de mais uma vez ser informado dos critérios utilizados por este jornal, que a meu ver não correspondem à conduta séria que este veículo sempre passou a seu leitor."
Ricardo Izar, deputado federal pelo PPB-SP (Brasília, DF)

Nota da Redação - A escolha de nomes é feita com base na apuração do jornal de quais são os nomes com mais chances em cada partido no momento em que a pesquisa é feita, o que não significa que eles não possam ser alterados em futuros levantamentos.

Amparo legal
"A Folha de 8/1 noticia que 'Covas repassa a entidade gestão da cadeia em São Paulo'. A Assembléia Legislativa aprovou no fim do exercício de 1995 o projeto de lei 420/92 de nossa autoria que 'disciplina a concessão de serviço penitenciário penal por pessoas jurídicas de direito privado, no âmbito dos municípios através de convênio com o Estado'. O citado projeto aguarda sanção do governador. Nesse projeto procura-se compatibilizar o serviço penitenciário nas cadeias públicas por meio de concessão a entidades privadas, através dos municípios, na forma do que prescrevem os art. 7º, 8º e 37º da lei 7.835/92. Assim, nos parece que a iniciativa do governo, meritória, eis que vem ao encontro do nosso projeto, carece de amparo legal, isto é, não obedece a legislação em vigor, a lei 7.835/92 que o projeto de lei 420/92 de nossa autoria especifica quanto ao serviço penitenciário."
Erasmo Dias, deputado estadual (São Paulo, SP)

Raciocínio lógico
"Perfeitamente lógico o raciocínio do leitor Antônio Ribeiro de Almeida, de Uberlândia (MG), em 4/1, a respeito da dubiedade em que foram flagrados o cardeal Arns e a Folha no episódio das declarações daquela autoridade religiosa sobre o aborto. Só uma coisa não ficou muito bem assente: por que a Folha, ou o jornalista responsável pela reportagem, não prestou nenhum esclarecimento às interrogações do mencionado leitor, como esta coluna sempre costuma fazer quando são feitas colocações de seus leitores que deixam dúvidas sobre a seriedade ou veracidade das reportagens publicadas?"
Juraci Josino Cavalcante (Salvador, BA)

Nota da Redação - A declaração de d. Paulo à Folha, gravada, conforme o jornal publicou no dia 22/12/95, é a seguinte: "É este o conselho que devemos dar a uma moça estuprada: vá de imediato ao ginecologista e faça o tratamento, não espere a criança se formar no seu seio". No dia seguinte, sem negar o conteúdo da entrevista, d. Paulo afirmou que o tratamento a que se referia era uma lavagem intra-uterina para impedir a concepção.

Mudança de humor
"Fiquei surpresa com a avaliação 'regular' do filme 'O Carteiro e o Poeta', de Michael Radford; o filme é simplesmente lindo. Outro filme que me causou espanto foi 'Terra Estrangeira', de Walter Salles e Daniela Thomas. O filme é excelente, mas estreou como 'regular', uma semana depois passou a 'bom'. Parece brincadeira, mas voltou para 'regular'. O que aconteceu? A 'carinha' muda de humor, um dia está sorridente e no outro, séria?"
Iris Russo (São Paulo, SP)

Nota da Redação - O critério para a escolha da classificação "bom", "ruim" e "regular" do quadro de cinema é a avaliação contida em crítica publicada na Ilustrada. No caso do filme "Terra Estrangeira", a avaliação da crítica foi "regular", sendo essa classificação publicada no quadro. Por um erro de montagem, durante alguns dias a avaliação saiu como "bom", o que já foi corrigido. Quanto ao filme "O Carteiro e o Poeta" -assim como ocorre com todos os filmes que estréiam e que não foram resenhados por crítico do jornal-, ele recebeu inicialmente avaliação "regular". Esse critério está mudando a partir da edição de hoje; quando o filme não tiver sido resenhado por nenhum crítico do jornal ele aparecerá sem avaliação no quadro de cinema.

Volta às origens
"O ex-presidente da Polônia Lech Walesa, fundador do sindicato Solidariedade e líder inconteste das modificações políticas em seu país, teve a hombridade de solicitar sua volta ao emprego como eletricista após perder as eleições. Por que o nosso Lula não faz o mesmo, hein?"
Newton Zadra (São Paulo, SP)

Compostura
"Há muito não se via perda tão explícita de compostura quanto a dos jornais de São Paulo -perdão, paulistas. Foram tão veementes a favor do Santos, com raras exceções, que nos obrigaram a trocar de canal. O ombudsman não fez nenhuma crítica a essa gente toda, nem a nenhum jornal paulista, nem aos Titãs, Telê etc., contribuindo para acirrar a rivalidade carioca-paulista. Disse que os jornais cariocas chamaram a atenção para suas manchetes no intuito de fazer esquecer a violência cada vez maior do Rio, como se São Paulo ficasse atrás. O linchamento moral desse árbitro pela imprensa da Terra da Garoa foi muito pior do que qualquer manchete de jornal editado na Cidade Maravilhosa. Os jogadores do Santos e a imprensa de São Paulo, sr. ombudsman, cantaram vitória antes da hora, daí a frustração ser maior. Muito pior que tudo isso foram as declarações do sr. presidente do Santos após a perda do título. Foi lamentável, e nada disso mereceu qualquer crítica dos ombudsmen de plantão. É necessário que se entenda a alegria de ser botafoguense. É de se notar a presença do ministro Pelé, santista, mineiro e gentleman, na sede de General Severiano, para parabenizar o clube pela vitória do Campeonato Brasileiro. E o silêncio dos ombudsmen."
Eduardo A. da Silva Maia (Campo Grande, MS)

Dúvida
"Gostaria de saber por que o governo se preocupa em aumentar a alíquota de importação pelos Correios de 40% para 60% (favorecendo o contrabando) e permite que grandes empresas obtenham empréstimos no exterior a taxas de 10% ao ano (o mesmo valor cobrado por apenas um mês no cheque especial)."
Marcus Vinícius Morbin (São Paulo, SP)

Boas festas
A Folha retribui as mensagens de boas festas que recebeu de: Oded Grajew, diretor-presidente da Fundação Abrinq para os Direitos da Criança (São Paulo, SP); Edson Comin, diretor regional da ECT-SP (São Paulo, SP); Ricardo Botelho Comunicação Marketing Organização (São Paulo, SP); Sempre Propaganda Ltda. (São Paulo, SP); Solis Produções Artísticas Ltda. (São Paulo, SP); Argumento Promoções e Eventos (São Paulo, SP); ADS Assessoria de Comunicação (São Paulo, SP); Jardim Sul; Roseli Fischmann (São Paulo, SP); Artur Valdir A. Baltazar Luiz (Rio de Janeiro, RJ); Cristina e Duarte Nogueira; Lucia Helena Bevilacqua Cezar (Campinas, SP); Airton Lauriano, vereador (São Caetano do Sul, SP); Richard Ellis (São Paulo, SP).

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