São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 1996
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Sequestro foi o quarto e último

FERNANDO MOLICA
DA SUCURSAL DO RIO

O embaixador Giovanni Enrico Bucher morreu em 1992, aos 75 anos, na Itália. Seu sequestro, ocorrido no Rio em 7 de dezembro de 1970, foi o último de uma série de quatro ações guerrilheiras.
Além dele, foram tomados como reféns um embaixador norte-americano, um cônsul do Japão e um embaixador da Alemanha. Todos foram soltos em troca da libertação de presos.
Bucher, sequestrado por integrantes da VPR, foi o que mais tempo ficou em cativeiro -40 dias em uma casa em Honório Gurgel, zona norte do Rio.
Um dos responsáveis pelo cativeiro de Bucher foi Alfredo Sirkis, hoje secretário de Meio Ambiente do município do Rio. Ele escreveu "Os Carbonários", que aborda o episódio.
Sirkis afirma que o momento mais tenso do sequestro foi quando o governo negou-se a libertar alguns dos nomes relacionados na primeira lista de presos que deveriam ser soltos em troca do diplomata (as recusas dos militares iriam gerar outras três listas).
Segundo ele, a VPR decidiu que Bucher deveria ser morto para não "desmoralizar o instrumento do sequestro".
Sirkis diz que foi contra o assassinato do diplomata, que acabou salvo pela ação do mais importante guerrilheiro do grupo: o ex-capitão do Exército Carlos Lamarca.
(FM)

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