São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 1996 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Homem rouba carros, sequestra 4 e é morto
CRISPIM ALVES
A série de crimes começou por volta das 10h de ontem, quando o homem, armado com uma pistola 9 mm, roubou o Omega, placas BMJ-0478, do engenheiro Paulo Fernandes do Carmo Júnior, 36, na avenida Vital Brasil. O engenheiro tinha acabado de sair de um caixa eletrônico e chegou a ser feito de refém, mas conseguiu fugir (leia texto nesta página). Assustado, Carmo Júnior invadiu a pista da avenida para parar um carro da Polícia Civil. Eles seguiram o assaltante até a rua Alvarenga, onde perderam o Omega de vista. Na praça Pan-Americana, no Alto de Pinheiros, o assaltante abandonou o Omega para despistar a polícia e roubou um Honda Civic branco, placas FTB-0055, que era dirigido pela decoradora Terezinha Cristina Noschese Pavlovisky Bérgamo, 31, mulher de Francisco Bérgamo, um dos diretores do Banco Santos. Dentro do carro, além de Terezinha, estavam suas duas filhas, Andressa, 8, e Natalie, 6, e sua mãe Edith Noschese Pavlovisky. Sob a mira da pistola do assaltante, todas foram para o banco de trás do carro. Nessa altura, a Polícia Militar já tinha sido alertada sobre o assaltante, que se dirigiu para a rodovia Raposo Tavares. A perseguição foi feita por um carro de polícia e um helicóptero Águia 1. Na altura do km 13 da rodovia, em frente ao supermercado Sé, o assaltante bateu o carro na traseira do caminhão Mercedes-Benz, placas BWA-4357, de Walter Perruzetto. Nesse momento, por volta das 11h30, começou um tiroteio. As duas mulheres e as duas meninas permaneceram dentro do carro. Segundo Perruzetto, o assaltante começou o tiroteio. Os PMs Luciano Medeiros de Oliveira e Flávio Antonio Costa desceram do carro da polícia. Costa ficou agachado na traseira do Honda e Oliveira, também agachado, foi para a lateral direita do carro, no lado oposto ao do motorista. Depois de atirar, o assaltante saiu correndo e atravessou a pista da Raposo Tavares em direção a um matagal. Ele foi perseguido pelo PM Costa e acabou sendo morto com três tiros: braço, peito e olho. A PM acionou um outro helicóptero, o Águia 2, para resgatar as vítimas. O PM baleado foi levado ao pronto-socorro do hospital Bandeirantes, onde morreu. Andressa foi levada para o hospital Sírio Libanês, onde foi operada e passa bem. No hospital, a recepção informou que a família não queria dar entrevistas. Segundo o cabo Edson Luiz Minutela, da Polícia Rodoviária, o tiroteio provocou um congestionamento de três quilômetros na rodovia Raposo Tavares. O cabo chegou a falar com Terezinha Cristina Noschese Pavlovisky Bérgamo, uma das reféns. Segundo ele, a decoradora estava muito assustada. "Ela disse que o homem era agressivo e as ameaçava de morte a todo o momento." Texto Anterior: Cliente pede indenização por carro roubado em shopping Próximo Texto: 'Senti que ele ia me matar', diz engenheiro Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |