São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 1996 |
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'Senti que ele ia me matar', diz engenheiro
CRISPIM ALVES
Carmo Júnior tinha acabado de sair de um caixa eletrônico na avenida Vital Brasil quando aconteceu o assalto. Ele afirmou que estava curvado na porta do carro, pegando uns documentos que estavam no banco para tirar cópias, quando foi abordado pelo assaltante. "Ele me deu uma coronhada e me empurrou para dentro do carro. Ele me pediu dinheiro e eu disse que não tinha." O engenheiro afirmou depois, na delegacia, que já tinha estourado o limite de saque no caixa eletrônico. "Pedi calma para ele, que estava muito nervoso. Ele me pediu a chave do carro." Em um primeiro momento, segundo o engenheiro, o assaltante não conseguiu ligar o carro. "Acho que ele não percebeu que o volante estava travado." Nesse instante Carmo Júnior disse ter tido a sensação de que ia morrer. "Vi que ele estava atrapalhado com a chave, que a arma não estava apontada para mim e que as portas estavam destravadas. Abri a porta e saí correndo." O engenheiro disse que começou a gritar, pedindo ajuda. Ele viu um carro da polícia passando e pulou no meio da avenida. Segundo ele, nesse momento, o assaltante conseguiu ligar o carro. "Nós fomos atrás, mas o perdemos." Ontem foi a primeira vez que Carmo Júnior foi a um caixa eletrônico depois de alguns anos. Ele deixou de ir depois que uma mulher foi morta ao sair de um caixa em Alphaville. "Nunca mais vou a um caixa ou tirar cópias de carro. O que tiver que fazer, faço a pé." Walter Perruzetto, que dirigia o caminhão que se envolveu no acidente com o Honda Civic, disse que sentiu muito medo no momento do tiroteio. "Eu me abaixei de um jeito que queria entrar dentro do motor." (CrA) Texto Anterior: Homem rouba carros, sequestra 4 e é morto Próximo Texto: Atriz faz acordo de 4,8 mil com ex-babá Índice |
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