São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 1996 |
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Ecstasy faz dez anos na cena club
MARCELO DE SOUZA
Com a morte de uma garota de 18 anos no Reino Unido em novembro último -com causas associadas ao consumo da droga-, ao mesmo tempo em que o Ecstasy ganhava capa na "The Face", a discussão se acendeu. O "buzz" cresce com a publicação de "Ecstasy and the Dance Culture", do escritor inglês Nicholas Saunders, 57. Com seu segundo livro sobre o tema, Saunders se torna uma espécie de guru do Ecstasy. Suas opiniões polêmicas (ele chega a dizer que tomar Ecstasy é mais seguro que pescar) e seus estudos sérios estão disponíveis na Internet. Acompanhe hoje e no próximo sábado um raio X da droga, seus efeitos e riscos, bem como sua relação com o funcionamento da cena club. O principal elemento ativo do Ecstasy é o MDMA (metilenodioximetanfetamina), substância sintética criada em laboratório na Alemanha em 1913. Em 1940, o MDMA passou a ser usado, sem sucesso, no tratamento de mal de Parkinson. Na década de 70, era receitado como antidepressivo. A partir de 85 passou a ser usado como "droga recreativa" -como ainda hoje é classificada nos EUA-, com o nome comercial de Ecstasy. Ao ingerir o Ecstasy, a produção de serotonina aumenta consideravelmente, levando a pessoa a se sentir bem disposta por cerca de oito horas. Texto Anterior: Alegria da Volta; Debandada; Gênero em baixa Próximo Texto: Escritor é guru da 'geração E' Índice |
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