São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 1996 |
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Feijoada completa Alemanha e Holanda fariam a final da Copa do Mundo de 1974. A paixão pelo futebol e a saudade de casa fizeram com que cerca de 40 exilados na França marcassem na ocasião um encontro para matar a saudade de outra paixão que não saboreavam desde que haviam deixado o Brasil: a feijoada. Como nas organizações de esquerda, tarefas específicas foram distribuídas a cada um. Afinal, não era uma missão fácil encontrar feijão preto, farinha, couve e orelha de porco em Paris. No dia do jogo, reunidos num salão alugado, os ansiosos comensais começaram a comemoração. Na cozinha, comandando as operações, o cozinheiro Roberto "Viking" era dos mais animados ao matar a saudade da caipirinha. Pouco antes da partida, a feijoada foi servida. Atual líder do PSDB, José Aníbal se lembra até hoje do cheiro do feijão. Foi só o que os exilados puderam desfrutar: na primeira garfada, descobriram que "Viking", após uma overdose de pinga, havia posto tanto sal na feijoada que tornara-a insuportável. Comeram croissant. Texto Anterior: Largados no caminho; O tempo urge; Melando o processo; Única chance; Coincidências; Modelo; Presente japonês; Ienes sobrando; No ar; Afago; Soldo paralelo; Pós-Sivam; Palavra oficial; Aumentando; Pura coincidência; Transparência 1; Transparência 2 Próximo Texto: Uma nova doença: a "coprofilia" Índice |
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