São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 1996
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Saiba o perfil de cada grupo

DA REDAÇÃO

As preferências religiosas não se distribuem de forma aleatória pelos diversos grupos sociais. O catolicismo é mais forte entre os homens (68% dos homens de São Paulo, contra 64% das mulheres) e entre os brancos (68%, contra 64% dos negros paulistanos).
O catolicismo varia de acordo com o grupo etário, tendo uma difusão maior entre os mais idosos (70% dos que têm 41 anos ou mais são católicos) e menos frequente entre os mais jovens (61%). Esse "envelhecimento" da população católica pode se dever, em parte, à perda de fiéis para outras igrejas.
A preferência pelo catolicismo diminui com a escolaridade (69% dos que têm até o 1º grau são católicos, contra 57% dos que têm nível superior) e a renda (69% dos que ganham até 10 salários mínimos são católicos, contra 59% dos que recebem mais de 20 salários).
Os pentecostais apresentam um perfil algo diverso. Assim como o catolicismo, o pentecostalismo também diminui de acordo com a escolaridade e a renda, mas sua distribuição na população não apresenta diferenças significativas por sexo (9% entre homens e mulheres) e idade (10% entre os mais jovens, 9% entre os mais velhos). Já em relação à cor, a preferência pelos cultos pentecostais é mais intensa entre os negros (16%) do que entre os brancos (8%).
Já o espiritismo apresenta um perfil bastante diferente, mostrando uma forte difusão entre as mulheres (8% das paulistanas são espíritas, contra 4% dos homens) e os brancos (6% de brancos, contra 3% de negros).
O espiritismo aumenta de acordo com a escolaridade (3% dos paulistanos com o 1º grau, 13% entre os que possuem nível superior) e a renda (4% dos que recebem até 10 salários, 10% dos que ganham mais de 20). Os evangélicos não pentecostais também mostram tendência semelhante no que diz respeito à escolaridade e renda.
Já a umbanda tem uma correlação negativa com a escolaridade (é mais difundida entre os menos instruídos) e positiva com a renda (ela é mais frequente entre as camadas de maior renda). Ou seja, ela atinge pessoas de renda elevada, mas com baixa escolaridade.

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