São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 1996
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Escriturária prefere agulha a risco de gravidez

Mulher se submete ao que mais tem medo para evitar filhos

LÚCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

A escriturária Sheyla Jorge Costa Ferreira, 26, diz que entre o risco de engravidar em uma hora inoportuna prefere, uma vez por mês, se submeter a uma das coisas que mais tem medo na vida: tomar injeção.
"É horrível, mas já estou me acostumando com ela (a agulha). Tomo no bumbum para doer menos", afirma.
Casada e sem filhos, ela conta que já levou muitos sustos quando esquecia de tomar a pílula, mas nunca engravidou. "Algumas vezes esquecia dois dias seguidos. Era muito chato, tinha que começar de novo", diz.
Ela poderia ter trocado a pílula tradicional por outro método contraceptivo, como diafragma ou tabela, mas diz que não nunca confiou em outras técnicas. "Tomando a injeção me sinto mais segura. É só uma vez por mês. Depois eu esqueço e fico tranquila."
Outra vantagem apontada por Sheyla em relação ao anticoncepcional injetável é a redução dos "efeitos colaterais". "Fico com os nervos mais à flor da pele quando tomo pílula. Com a injeção, fico menos irritada."
Ela também notou que seus seios ficam menos doloridos com o novo método.
(LM)

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