São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 1996 |
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Redes dão chances a 'excluídos'
LPZ
Isso porque, enquanto a maioria das empresas preferem mulheres -e bonitas- para atuar como demonstradoras e degustadoras, algumas redes têm como filosofia empregar deficientes e idosos para funções de apoio. Esses trabalhadores, que enfrentam grandes dificuldades de colocação no mercado de trabalho, não têm vagas reservadas nas lojas -o que seria um preconceito-, mas concorrem com vários outros profissionais. Para trabalhar no grupo norte-americano Wal-Mart -que gera 700 empregos toda vez que abre uma loja-, por exemplo, é fundamental estar motivado e gostar de trabalhar em equipe. É o caso do deficiente físico Mauro Anunciação, 25, e de Eleonora Faneli, 67, que trabalham fornecendo informações. Eleonora distribui adesivos de boas-vindas aos clientes. A tradução de sua função para o português não existe. Ela é uma espécie de "cumprimentadora". Segundo Marco Nogueira, da Overplan, as lojas requerem um nível de escolaridade cada vez mais elevado -no mínimo segundo grau completo e superior em andamento. "Antigamente, só o primário já estava bom." Segundo ele, os salários acompanham a evolução. "Uma degustadora ganha hoje até R$ 800, praticamente o dobro do que é pago em média a um estagiário." A reviravolta do varejo faz com que até altos cargos entrem em uma fase de troca-troca. Mariani Martins, 37, consultora do Grupo Executives, por exemplo, está procurando um diretor de loja para uma grande rede. O salário chega a R$ 10 mil. "Esse cliente está passando por grandes reformulações, prova de que os grupos estão se mexendo", afirma a consultora. Texto Anterior: Guerra comercial abre vagas no varejo Próximo Texto: ERROS PODEM COMPROMETER CANDIDATO Índice |
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