São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 1996
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Volume de importados vai ser menor

HENRIQUE SKUJIS
DA REPORTAGEM LOCAL

A confirmação da manutenção da alíquota de importação em 70% para as marcas sem fábrica no Brasil reduziu o volume planejado de importação para 96.
Enquanto no ano passado foram importados 120 mil carros, a previsão é de que em 96 esse número não passe de 60 mil.
O consumidor que comprar um importado em 96, vai pagar mais caro. Sérgio Habib, presidente da XM, importadora dos carros Citroën e Jaguar, acredita que o aumento médio será de 15%. "Isso para as importadoras sem fábrica no Brasil", completa Habib.
Em relação a lançamentos, o setor vai continuar agitado. As novidades estão nos carros grandes, nas peruas e nos conversíveis, segmentos em que as montadoras nacionais não atuam com força. Os importadores perceberam que com a alíquota em 70%, não vale a pena competir com as montadoras entre os pequenos.
A Kia é o exemplo mais claro disso. A marca planejava a importação de dois modelos: o Credos, sedã luxuoso, e o Pride, carro pequeno com motor 1.1. Com as novas regras, preferiu o Credos, que deverá custar US$ 26 mil.
A única que vai atacar no segmento dos pequenos é a Daewoo, com o Tico, que chega em maio.
Quanto aos conversíveis, o consumidor brasileiro vai ganhar quatro modelos em 96. Hoje, nenhuma montadora brasileira produz esse tipo de carro.
Em março, a Fiat começa a importar o Alfa Spyder, um conversível esportivo com capacidade para dois lugares. Ainda no primeiro semestre, a BMW traz outro roadster, o Z3. No final do ano, a Mercedes traz o roadster SLK. Além disso, a Volks pode trazer a versão conversível do Golf.
Entre as peruas, são três novidades. A Renault traz o Laguna Nevada no primeiro semestre. Em maio, chega o Citroën Xantia Break com motor 2.0, por US$ 43 mil, e no final do ano, a BMW inicia as vendas do 328 Touring.
O segmento dos carros luxuosos cada vez mais é preenchido pelos importados. A Volkswagen começa a trazer o Seat Toledo. A Mercedes-Benz inicia as vendas da Série E, em março, e a série C ganha a versão 230K, que já está à venda. O C 230K tem motor de 2.300 centímetros cúbicos (cc).
A BMW também tem novidades: em maio, começa a vender a nova Série 5. No segundo semestre, chegam as séries 7 e 8, com motor V8, e o 328.
A Renault traz, em abril, o Laguna 2.0S com motor 16 válvulas e 140 cavalos-vapor (cv).
O Citroën Xantia Activa recebe um motor turbinado de 150 cv. O carro vai custar US$ 57 mil.
As vans também vão ter seu mercado ampliado. Em maio, a Honda começa a vender a Odyssey e a Chrysler trará a Caravan.
Entre os utilitários, as novidades são as chegadas do coreano Ssang Yong Musso movido a gasolina, de um novo modelo da Daewoo e do Suzuki X-90, um jipe 4x4 para duas pessoas. O carro chega no primeiro semestre e deverá custar US$ 40 mil.
Algumas marcas vão apostar no segmento dos carros médios. A Renault vai importar o Clio, um carro do tamanho do Gol, que será importado da Argentina, sem taxas alfandegárias, portanto com um preço competitivo (cerca de US$ 16 mil). O Clio chegará nas versões RN e RT com motor 1.6.
A Honda vai trazer o novo Civic, recém-lançado no Japão, e que será produzido no Brasil.
(HS)

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