São Paulo, quarta-feira, 17 de janeiro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Ala da CUT nega que central firmou acordo
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
"Vamos definir nossa posição hoje, após reunião da direção executiva ampliada", disse Marcelo Sereno, diretor da CUT e da corrente Articulação Sindical, a mesma do presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho. Segundo Sereno, houve "avanço significativo do governo durante a negociação mas ninguém assinou nada. A nota oficial conjunta fala em 'possível' acordo". Sereno disse que há pontos positivos na "proposta negociada", como no caso do trabalhador que recebe seguro-desemprego e passará a contribuir de forma simbólica, podendo assim se aposentar. Citou pontos negativos, como a idade para o funcionalismo público se aposentar e o fim da aposentadoria especial dos professores universitários. "Mesmo assinando o acordo, vamos manter os protestos em defesa do que queremos." Segundo ele, a Articulação só tomará posição sobre o acordo hoje, em reunião pela manhã. "Os funcionários públicos têm de entender que o mal seria muito maior caso as negociações não acontecessem. O governo recuou", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD, Heiguiberto Guiba Navarro, da Articulação Sindical. Mas a Associação Nacional dos Docentes Universitários (Andes), cuja direção é da Articulação, discorda da assinatura do acordo. "Os trabalhadores do setor privado também saem prejudicados, com o fim da aposentadoria proporcional", disse José Maria de Almeida, da executiva da CUT e do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, antiga Convergência Socialista). As correntes "O Trabalho", CUT pela Base, Democracia Socialista e PC do B discordam da assinatura. Texto Anterior: Acordo da Previdência racha CUT e PT Próximo Texto: Presidente diz estar 'satisfeito' Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |