São Paulo, quarta-feira, 17 de janeiro de 1996
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Projeto é levado à Assembléia Legislativa

SILVANA QUAGLIO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os líderes dos partidos representados na Assembléia Legislativa receberam, ontem, o projeto de lei do qual depende o fim da crise do Banespa, com vários questionamentos e pouca resistência.
O projeto de lei prevê a venda das ações da Fepasa para a Rede Ferroviária Federal S/A, dos principais aeroportos do Estado para a União e de 15% das ações do Banespa com direito a voto.
Submete, ainda, a aprovação dos deputados as garantias que o Estado dará em pagamento ao empréstimo de R$ 7,5 bilhões.
"O Executivo cumpriu sua parte. Agora quanto mais rápido a Assembléia aprovar o projeto, melhor para o Banespa", afirmou o secretário da Casa Civil do governo Covas, Robson Marinho, que entregou o projeto ao presidente da Assembléia, Ricardo Tripoli (PSDB).
O PMDB tem dúvidas com relação ao real montante da dívida do Estado para com o Banespa -calculada em R$ 15,1 bilhões em 15 de dezembro de 95. Mas o partido não deverá dificultar a votação do projeto, segundo avaliam parlamentares governistas.
Já o PT apresenta resistência maior. O partido reunirá os 16 deputados de sua bancada amanhã para iniciar a discussão do projeto.
Segundo o deputado petista Paulo Teixeira, o partido deverá apresentar alternativas para as garantias oferecidas pelo governo do Estado, discutirá os critérios para a transformação do Banespa em banco público e não concordará com demissão em massa.
Walter Feldman (PSDB), líder do governo, e Tripoli acertaram ontem o cronograma básico da tramitação: o projeto será lido dia 31 de janeiro e passará pelas comissões de Constituição e Justiça, Economia e Orçamento.
O secretário Yoshiaki Nakano (Fazenda) discutirá pontos polêmicos. No dia 1º de fevereiro, fará uma apresentação a todos os deputados para tentar obter a votação do projeto antes do Carnaval.

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