São Paulo, quarta-feira, 17 de janeiro de 1996
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Ajuste será complicado

CARLOS ALBERTO SARDENBERG
DA REPORTAGEM LOCAL

Executivos de bancos privados entendem que será muito difícil o ajuste do Banespa. Especialmente porque os concorrentes já se modernizaram e estão em fase de forte expansão de atividades.
Com suas 613 agências no país, o Banespa está entre os cinco maiores bancos brasileiros e concorre com Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Unibanco.
Os três últimos, privados, já concluíram o processo de ajuste, que consistiu em redução de custos, basicamente pela diminuição do número de funcionários, e ganhos de produtividade com a informatização e automação.
O Banco do Brasil está longe de ter completado seu ajuste, mas está muito mais adiantado do que o Banespa.
Segundo executivos ouvidos pela Folha, o ajuste do Banespa precisaria ser muito rápido e profundo, o que custa caro e produz muitas notícias ruins (demissões e fechamentos de agências) num ano eleitoral.
A opinião mais comum nos meios financeiros indica que o governo paulista vai iniciar o ajuste, mas não conseguirá avançar, por causa de resistências políticas.
E, dentro de um certo tempo, vai precisar de mais ajuda do governo federal, o que recolocará na pauta a questão da privatização.
É muito parecida a opinião de diretores do Banco Central, sempre favoráveis à privatização.

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