São Paulo, quarta-feira, 17 de janeiro de 1996
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Médicos do Rio responsabilizam Estado por mortes em hospital

DA SUCURSAL DO RIO

O Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro e o Conselho Regional de Medicina do Rio responsabilizaram ontem o governo do Estado pelas mortes que ocorreram por falta de atendimento no último domingo, no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo (zona oeste do Rio).
O presidente do sindicato, Luiz Tenório, entrou ontem com uma ação de notícia-crime junto ao Ministério Público, contra o governador Marcello Alencar (PSDB), o secretário estadual da Saúde, Antonio Luiz Medina, e a diretora do Hospital Albert Schweitzer, Sonia Prado, pela morte de Neuza Ferreira de Oliveira, 39.
Ela morreu na porta do hospital com uma crise respiratória, depois de agonizar por uma hora e meia sem atendimento. Apenas duas médicas estavam de plantão e se recusaram a prestar atendimento. Felipe Ferreira da Silva, 79, morreu depois de esperar mais de seis horas por atendimento. Ele havia sofrido um derrame. A ação teve por base os artigos 22 e 23 do Código de Ética Médica, que asseguram ao médico recusar-se a exercer a profissão por falta de condições mínimas de trabalho.

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