São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 1996
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Colômbia corta gastos e privilegia social

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo colombiano aprovou ontem um conjunto de medidas que impõe, a todos os ministérios, corte de 5% em seu orçamento. O novo plano de despesas dos organismos estatais deverá ser apresentado antes de 31 de janeiro.
As medidas já haviam passado antes pelo Conselho Ministerial, onde receberam o apelido de "classe econômica".
O decreto estipula o fim de alguma mordomias, como viagem em primeira classe e pagamento de festas de aniversário, antes comuns para os funcionários públicos colombianos.
Fica estipulado também o corte de 10% nas despesas salariais com funcionários terceirizados que prestam serviços aos organismos.
Num redirecionamento de suas despesas, o governo afirmou que o corte nos gastos públicos beneficiará o programa social deste ano.
O presidente Ernesto Samper anunciou ontem investimento de US$ 550 milhões na área social, durante 96. O programa prevê amplas melhorias nas áreas de saúde, educação e previdência social.
"1996 será o ano social", disse Samper ao lançar o programa.
Ele reconheceu que os avanços de 95 na área social foram insuficientes, sobretudo no que diz respeito à reforma agrária e à educação.
O primeiro passo do programa deste ano será a ampliação das bolsas de estudo nos municípios pobres do país, o que custará ao governo US$ 25 milhões.
Dinheiro de fora
O investimento estrangeiro na Colômbia, excluindo projetos na área petrolífera e carteiras acionárias, foi de US$ 956 milhões nos três primeiros trimestres de 95, disse ontem o ministro de Desenvolvimento, Rodrigo Marín Bernal. Isso significa aumento de 124% em relação ao mesmo período de 94.
Esses recursos, somados aos US$ 2,5 bilhões captados por investimentos em ações e por projetos de exploração petrolífera, totalizam US$ 3,5 bilhões de investimento estrangeiro na Colômbia, no período.

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