São Paulo, sábado, 20 de janeiro de 1996
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Cetesb responsabiliza chuvas e turistas

ANDRÉ LOZANO; SALIM BURIHAM
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais da metade das praias do litoral paulista está imprópria para o banho, segundo o último boletim da Cetesb, divulgado anteontem.
O número de praias impróprias para banho cresceu em relação à semana passada -mais nove receberam essa avaliação.
O boletim anterior da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), divulgado no último dia 11, informou que 51 (45%) estavam impróprias.
Uma praia é considerada imprópria quando o número de coliformes fecais ultrapassa 1.000 NMP/100 ml de água.
NMP (número mais provável) é a estimativa da densidade de coliformes em uma amostra. Acima desse número, o risco de contaminação com doenças é grande.
Segundo o gerente do setor de Águas Litorâneas da Cetesb, Mário de Carvalho Camargo Filho, as chuvas e o aumento do número de turistas no litoral são os principais responsáveis pelo aumento de poluentes nas praias.
As chuvas contribuem porque enchem novos canais -inativos na época da seca-, que passam a desaguar no mar.
"As pessoas não devem entrar na água das praias consideradas impróprias. Mas se insistirem em desobedecer essa recomendação, elas não devem, pelo menos, molhar a cabeça, para evitar riscos de contaminação", disse Camargo.
Segundo o gerente da Cetesb, se diminuírem as chuvas nas próximas semanas, a qualidade das praias pode melhorar.
Litoral norte
Só no litoral norte, 20 praias foram consideradas impróprias para banho pela Cetesb.
Ilhabela foi a cidade onde houve o maior aumento de praias poluídas. Todas as praias pesquisadas pela Cetesb na cidade estão impróprias. No final do ano, havia apenas uma praia imprópria.
O número de praias poluídas no litoral norte é o segundo maior dos últimos 12 meses.

Colaborou SALIM BURIHAM, da Folha Vale

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