São Paulo, domingo, 21 de janeiro de 1996![]() |
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Acordo da Previdência fez PT criticar CUT Supercomissão que analisa Sivam foi palco de bate-boca RUI NOGUEIRA
Diferenciando interesses de trabalhadores de interesses corporativos, partidários e eleitorais (do PT), Vicentinho decidiu negociar. O ministro Reinhold Stephanes (Previdência) impôs o princípio da contribuição, isto é, para que alguém se aposente é preciso não apenas trabalhar, mas também contribuir. Vicentinho impôs a manutenção da aposentadoria especial para os professores de 1º e 2º graus e a manutenção do atual sistema de aposentadoria rural -por limite de idade. A negociação de verdade com as centrais sindicais -Confederação Geral dos Trabalhadores e Força Sindical, além da CUT-, contrastando com a negociação faz-de-conta dos partidos, pespegou em Vicentinho a marca da independência em relação ao PT. Alijado, ao PT restou reclamar do excesso de independência de Vicentinho e exigir que ele não assinasse nada. Como o ato em si já tinha ganho uma dimensão especial, Vicentinho foi na quinta-feira ao Planalto participar da "solenidade de divulgação" do acordo. Não assinou nada porque o presidente Fernando Henrique Cardoso, para não fritar um aliado de consciência, desistiu da "solenidade de assinatura". Ficou valendo a palavra do líder. Sivam A supercomissão do Senado que analisa o projeto Sivam transformou-se em palco de um patético bate-boca. Na agenda, o depoimento do brigadeiro da reserva Ivan Frota, o "pai" do Sivam. Por ter declarado que os senadores estavam cedendo às benesses oferecidas pelo Planalto, o presidente da supercomissão, Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), decidiu cancelar o depoimento do brigadeiro. "Ou retira (as acusações), ou não fala" foi o argumento teatral e nada democrático de ACM. Frota não retirou. Texto Anterior: A vastidão dos párias Próximo Texto: DROPES Índice |
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