São Paulo, domingo, 21 de janeiro de 1996![]() |
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Regulamento torna novos carros da Indy mais lentos
MAURO TAGLIAFERRI
A idéia é aumentar a segurança dos pilotos por meio da diminuição da velocidade. A principal alteração aconteceu no fundo do carro (assoalho), onde a abertura dos túneis que produzem o efeito-solo foi reduzida. Além disso, pequenas modificações foram implantadas nas asas dianteira e traseira, especialmente em pistas ovais de alta velocidade. Como efeito dessas mudanças, o carro perde pressão aerodinâmica, ou seja, a força vertical, de cima para baixo, que "gruda" o veículo ao solo, conferindo-lhe estabilidade e aderência. Com a diminuição dessa pressão, o carro tende a ficar mais instável, principalmente nas curvas. "Parece que o carro flutua, o que faz com que você freie mais cedo e seja mais lento nas curvas", afirmou Raul Boesel. O processo da freada em si está mais demorado. Com isso, o peso do carro não se transfere abruptamente para a frente do veículo, como acontecia antes. Assim, há menos pressão sobre os pneus dianteiros nas freadas, o que os aquece menos, fazendo-os menos aderentes nas curvas. "Basicamente, o carro é mais lento na entrada e no meio das curvas. No resto, está igual", contou Mauricio Gugelmin. Igual ou até mais veloz. O próprio Gugelmin foi, nos testes em Seabring, 0,1 segundo mais rápido do que era com o modelo 95. "É que, com menos pressão aerodinâmica, também há menos arrasto, o que aumenta a velocidade nas retas", explicou Boesel. Texto Anterior: Bragantino foi o último campeão do torneio Próximo Texto: Corredores terão de mudar estilo de pilotar Índice |
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