São Paulo, terça-feira, 23 de janeiro de 1996
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Índios ameaçam fazer 'guerra' contra medida

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO LUÍS

Os índios tembés, timbiras, guajajaras e caapós, que mantiveram como reféns cinco funcionários da Funai na reserva Alto Rio Guamá (300 km de Belém-PA), ameaçam usar violência caso seja mantido o decreto 1.775.
"O governo não pode ficar do lado do invasor", diz um texto assinado por 40 líderes indígenas, divulgado ontem pelo administrador da Funai em São Luís (MA), José Arão, 28, um dos cinco reféns libertados no último sábado.
"Vamos lutar muito contra esse novo decreto. Não pode qualquer um dizer que é dono do que é nosso. Se isso acontecer, vamos para a guerra, e vai morrer muito parente, mas o branco também morre", prossegue o texto, intitulado "Carta à imprensa".
José Arão afirmou que as invasões em reservas indígenas do Pará e Maranhão se aceleraram após a publicação do decreto 1.775.

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