São Paulo, terça-feira, 23 de janeiro de 1996 |
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BB quer participar da compra da Light
FRANCISCO SANTOS
Ontem, o BB lançou no mercado o primeiro fundo de investimentos do país destinado às privatizações, também voltado para a compra de ações da Light. O fundo receberá aplicações mínimas de R$ 200 até três dias antes do leilão da empresa. A data marcada é 13 de março, mas ser adiada. Desde o segundo semestre do ano passado, o BB vem prestando consultoria a empresas interessadas na privatização da Light, com o objetivo de formar um grupo que possa negociar com outros interessados uma participação no controle da empresa. Oliveira afirmou que, embora o BB não pretenda ser controlador de nenhuma empresa privatizada, o BBI (Banco do Brasil de Investimentos) poderá participar desse grupo com capital próprio. Outro investidor diretamente ligado ao banco que poderá entrar no grupo é a Previ, a caixa de pensão dos empregados do BB, que já tem participação no controle de várias empresas privatizadas, como a Usiminas. Evandro de Oliveira disse que, participando da privatização da Light, o BB pretende consolidar sua posição como banco comercial, inclusive levando em conta a possibilidade de ter a Light como futuro cliente. Fundo Sobre o fundo de investimentos na privatização da Light lançado ontem, o objetivo do BB é de captar com ele cerca de R$ 50 milhões, que seriam suficientes para comprar pouco mais de 1% do capital total da empresa, cujo preço mínimo é 3,7 bilhões. Até o leilão, o fundo renderá da mesma forma que qualquer outro de renda fixa, baseado em papéis como CDBs (Certificados de Depósitos Bancários). No dia do pagamento das ações compradas no leilão, as cotas serão convertidas em dinheiro, sem qualquer tributação, e em seguida o aplicador passará a ser dono de uma quantidade de ações correspondente ao valor das suas cotas. O BB está fazendo avaliações da Light e decidirá na hora até que valor acima do preço mínimo de edital será vantajoso comprar suas ações. Se for tomada a decisão de não comprar, o fundo voltará a ser de renda fixa, só que com um prazo de seis meses para resgate. No caso da compra das ações, o investidor também terá que ficar com elas pelo prazo de seis meses. Publicidade O porta-voz da Presidência da República, Sergio Amaral, disse ontem que decidiu, em reunião com a direção do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), gestor das privatizações, lançar uma campanha de publicidade para esclarecer o público sobre o programa de privatização. Texto Anterior: Índios ameaçam fazer 'guerra' contra medida Próximo Texto: Suíça também tem os seus 'Banespas' Índice |
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