São Paulo, terça-feira, 23 de janeiro de 1996
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Governo quer que instituições se previnam

KENNEDY ALENCAR
DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário José Afonso da Silva (Segurança Pública) elaborará um plano de prevenção de assaltos a banco para pressionar as instituições financeiras a investir em medidas que diminuam esse crime.
Silva acredita que os bancos investem o mínimo possível em segurança própria porque, num cálculo custo-benefício, o dinheiro gasto para equipar as agências seria maior do que o roubado.
Foram roubados, em 95, R$ 41,5 milhões, de agências, postos de atendimento e carros-fortes no Estado de São Paulo. Anualmente, o lucro líquido dos bancos no Brasil é da ordem de R$ 2 bilhões.
Segundo o Banco Central, São Paulo tinha em setembro passado 5.595 agências e 3.401 postos bancários. Portanto, na média, foram levados em assaltos R$ 4.655 de cada agência ou posto em 95.
Excluindo do cálculo os carros-fortes roubados, sobre os quais o BC não tem dados, a quantia média de dinheiro roubado cai.
"Hoje é mais fácil roubar um banco do que uma residência", afirmou o secretário. Ele disse que os bancos cumprem a lei minimamente e que isso não é suficiente.
O secretário vai se reunir com o Departamento de Investigação sobre Crimes Patrimoniais para formular o plano e apresentá-lo à Febraban (Federação Brasileira das Associações de Banco). A idéia é obter um compromisso, mostrando que a polícia faz a sua parte.
A assessoria de imprensa da Febraban declarou que os bancos cumprem a lei e investem na sua segurança e na de seus clientes.

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