São Paulo, terça-feira, 23 de janeiro de 1996
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Liga nacional de basquete tenta salto rumo à NBA

DA REPORTAGEM LOCAL

O Campeonato Brasileiro de Basquete, sétima edição da liga nacional, começa hoje tentando dar um salto rumo ao profissionalismo e à infra-estrutura que marcam a NBA (liga profissional norte-americana) e ligas européias como as de Itália e Espanha.
O projeto leva a denominação "A Volta Olímpica do Basquete". Aproveitando a modernização do torneio, a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) decidiu trocar seu nome para Campeonato Brasileiro de Basquete.
A CBB e a Globosat, canal de TV paga, estabeleceram um parceria pela qual a emissora comprou por US$ 8 milhões os direitos sobre a competição por quatro anos.
O investimento será dividido em quatro cotas de US$ 2 milhões, uma para cada ano.
A TV fica integralmente com a receita de publicidade até US$ 2 milhões (recuperação do investimento). A partir daí, passa a dividir as entradas com a CBB.
A intenção é aplicar o conceito de mídia integrada, ou seja, a empresa que anuncia na TV compra também as placas que costumam ser colocadas paralelamente às linhas da quadra.
"A partir do terceiro ano, já esperamos ter uma competição com estrutura profissional", afirmou João Henrique Areias, 41, presidente da SportLink Marketing Esportivo, empresa contratada pela CBB para a elaboração do projeto.
Foram selecionadas 12 equipes para o Campeonato Brasileiro. Seis delas são de São Paulo (veja quadro ao lado), o centro mais desenvolvido da modalidade no país.
A Globosat já assegurou a transmissão de 30 jogos ao vivo e 60 reapresentações pela Sportv.
Classificam-se para a etapa seguinte as oito equipes que totalizarem mais pontos ao final da primeira fase. A partir daí, os classificados serão emparceirados para séries de jogos eliminatórios (playoffs) até a grande decisão.
O Campeonato Brasileiro tem motivação extra neste ano: serve como teste final para a escolha dos jogadores que integrarão a seleção olímpica do Brasil nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em julho.

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