São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 1996 |
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Megaquadrilha é presa na zona oeste
DA REPORTAGEM LOCAL A polícia prendeu anteontem à noite parte de uma quadrilha que se preparava para assaltar um carro-forte nas proximidades do Ceagesp (zona oeste de São Paulo).Dois assaltantes foram mortos e seis presos, entre eles uma mulher de 21 anos. A polícia acredita que pelo menos outros dez assaltantes tenham fugido. Nada foi roubado. Na ação, um investigador da Delegacia de Roubo a Bancos foi ferido com um tiro na mão. Duas pessoas foram presas ao passar com uma moto por um bloqueio da PM em Osasco (Grande SP), mas foram liberados ontem à tarde, depois de se constatar que eles não haviam participado do assalto. A polícia havia sido avisada, por um telefonema anônimo, do plano do assalto ao carro-forte e foi ao local, onde encontrou pelo menos cinco carros, uma Kombi e uma moto aguardando a passagem do carro-forte, que se dirigia à Lapa (zona oeste). Ao perceber a presença da polícia, os assaltantes reagiram e começaram a atirar. Ivo Antônio Dias, 29, que a polícia acreditava ser o líder da quadrilha, e outros três assaltantes que estavam em um Escort prata fugiram em direção à marginal Tietê. Houve perseguição e os assaltantes acabaram batendo em dois carros e em um poste na ponte Anhanguera, na marginal Tietê, depois de ter o pneu furado pelos tiros. Dias e Francisco Cordeiro, 23, foram mortos. Os outros dois assaltantes se entregaram. Pelo menos 40 policiais participaram da ação. No tiroteio, o investigador Alberto Alves Júnior levou um tiro na mão esquerda. Ele foi levado ao HC, onde foi operado, e recebeu alta. A polícia apreendeu, com os assaltantes, um fuzil FAL, do exército brasileiro, um AR-15 e duas pistolas 380. A polícia acredita que os assaltantes que fugiram levaram a maior parte das armas que seriam utilizadas no assalto. Um dos assaltantes, Adailson Silva Monteiro, 39, fazia parte da quadrilha que levou R$ 2,4 milhões do centro administrativo do Itaú, no Jabaquara (zona sul), em agosto do ano passado, no maior assalto pós-Plano Real. Segundo o delegado Ruy Ferraz Fontes, 34, da Delegacia de Roubo a Bancos, as armas que os assaltantes usavam poderiam perfurar a carroceria do carro-forte. Anteontem, três pessoas foram mortas, entre elas um garoto de 15 anos, em um assalto a carro-forte em Santo Amaro (zona sul). LEIA MAIS sobre assalto a banco na pág. 3 Texto Anterior: 2 morrem em queda de asa-delta no litoral; Polícia apreende 1 kg de cocaína na zona leste Próximo Texto: Só país sem memória pode legalizar fumo Índice |
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