São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 1996 |
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Uso de cheque poderá custar mais
VIVALDO DE SOUZA; VALDO CRUZ; FERNANDO RODRIGUES
Uma das idéias em discussão é tornar grátis a emissão do cartão magnético e permitir aos bancos cobrarem pelo primeiro talão de cheques emitido no mês. Hoje, o primeiro talão de cheques é gratuito. Os bancos alegam que o custo da emissão do talão e compensação dos cheques é alto. Convivendo com inflação elevada há muito tempo, o brasileiro se acostumou a pagar quase todas suas despesas com cheque. Nos países com inflação baixa, o uso do cheque para pagamento de pequenas despesas é pequeno. O ideal nesses casos seria usar dinheiro, na opinião de Loyola. A ampliação no uso do cartão magnético, porém, depende do aumento no número de postos de atendimento eletrônico, inclusive no comércio -onde o pagamento poderia ser feito diretamente com o cartão. A transferência de recursos é feita diretamente da conta do cliente para a do comerciante. Outra idéia em estudo é aumentar o limite dos cheques que serão compensados em 24 horas. Com isso, os comerciantes serão desestimulados a aceitar cheques de pequenos valores e os clientes seriam forçados a pagarem mais despesas com dinheiro ou cartão. Hoje, os cheques acima de R$ 130 são compensados em 24 horas. Os com valor até R$ 130 são compensados em 48 horas. Esses prazos vigoram nas principais capitais -são diferentes nos Estados da região Norte, por exemplo. Uma das idéias é elevar para R$ 1.000 o limite dos cheques compensados em 24 horas. Ao modificar os prazos de compensação, a diretoria do BC atenderia a um pedido dos banqueiros: os depósitos em cheques permaneceriam mais tempo com o banco antes de serem creditados na conta do cliente que efetuou o depósito. Assim, os bancos teriam um tempo maior para trabalhar com os recursos antes de repassá-los aos seus correntistas. O fim da compensação noturna é outra proposta que pode ser adotada, mas não a curto prazo, disse Loyola. Esta medida reduziria os custos dos bancos porque permitiria diminuir despesas com pessoal. (Vivaldo de Souza, Valdo Cruz e Fernando Rodrigues) Próximo Texto: Bancos pedem fim de isenções Índice |
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