São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 1996 |
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Indústria de máquinas quer investir mais
FÁTIMA FERNANDES
Este valor, o maior anunciado pelo setor desde 1980, representa um salto de aproximadamente 16% sobre os investimentos feitos no ano passado, de US$ 1,55 bilhão. Os números foram levantados pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) numa pesquisa com 259 empresas. As médias informam que vão investir R$ 298 milhões neste ano (24,9% menos do que no ano passado). As pequenas, mais animadas, dizem que vão ampliar em 8% os investimentos neste ano sobre 1995 -de US$ 209 milhões para US$ 226 milhões. "É o mínimo que podemos investir para sermos mais competitivos", diz Sérgio Magalhães, presidente da Abimaq. Boa parte do US$ 1,8 bilhão (ou 56%) está reservada para atualização tecnológica das fábricas. A estratégia também é investir para expandir a capacidade instalada, trocar máquinas velhas por novas e lançar novos produtos. No ano passado, a indústria de máquinas e equipamentos produziu US$ 16,18 bilhões, 3,7% mais do que em 1994 (US$ 15,96 bilhões). Esse aumento, no entanto, não anima os empresários, especialmente quando se lembram da produção de 1980, que foi de US$ 25,71 bilhões. Para Magalhães, o ritmo de produção deste ano não deve ser muito diferente de 1995. "Os juros estão muito altos. Não vejo a indústria nacional disposta a grandes investimentos em equipamentos." A Howa, fabricante de máquinas têxteis, está desanimada com as encomendas para 1996. Os pedidos são para operar no primeiro semestre. Nesta mesma época no ano passado tinha trabalho programado até setembro. "Estamos com ociosidade de 30%. Parece que a indústria têxtil ainda está tímida para investir", diz Jorge Fujisawa, diretor. O consumo de máquinas no Brasil no ano passado, ainda segundo a Abimaq, foi de US$ 18,68 bilhões -10% maior do que o de 1995 (US$ 16,97 bilhões). Texto Anterior: Fundo do BB será sócio do Banco Excel Próximo Texto: Coca aciona Conar contra anúncio da Pepsi Índice |
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