São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 1996 |
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Livraria virtual dá força ao livro de papel
MARINA MORAES
As livrarias americanas estão cada dia mais cheias, a indústria das editoras é mais saudável do que nunca, os lançamentos de livros continuam acontecendo exatamente como antes, com o autor assinando cada uma das cópias e as entregando pessoalmente aos leitores ansiosos. Nesse momento, em vez de complicar, o computador está prestando um grande serviço ao mercado da literatura por meio da Internet. Entre outras coisas, a World Wide Web (parte multimídia da Internet) oferece atualmente o serviço de informação e venda de livros mais eficiente do país. Nos diversos sites (endereços) já estabelecidos na rede, há livrarias on line com cerca de 1 milhão de títulos que o consumidor pode pesquisar no conforto do seu lar a partir do nome do autor, da editora ou da obra. Algumas dessas livrarias virtuais indicam ainda as publicações que estão em promoção no dia, oferecem resumos e críticas de best sellers e até informam a condição física daquele livro raro que o consumidor quer comprar. Talvez porque esses serviços estejam em um estágio inicial -e a turma, ainda muito entusiasmada-, a maior parte das livrarias on line encoraja o público a trocar informações com elas pelo computador. Algumas se oferecem para ir atrás de uma publicação esgotada e depois avisar, via e-mail, quando e onde o leitor pode encontrá-la. Não é nenhuma surpresa o fato de que foram as editoras especializadas em livros de computação que criaram até agora os melhores endereços da rede. A Macmillan, por exemplo, tem mais de 11 mil títulos listados on line com publicações da área acompanhadas de índices, trechos de alguns capítulos e até foto da capa. O serviço indica os endereços mais convenientes para o consumidor adquirir os livros da editora e mantém também um sistema de vendas on line. Em Nova York, as livrarias são uma opção charmosa para o encontro de almas solitárias. Muita gente ainda usa o velho truque de deixar cair o livro quando quer se fazer notar pelo outro. Ou toma meia dúzia de capuccinos no café ao fundo, fazendo de conta que lê até que alguém venha dividir a mesa. Os leitores que prezam o isolamento, no entanto, podem relaxar. Há cada vez mais ciberlivrarias no mercado dispostas a sugerir, pesquisar, ir atrás, adquirir e entregar o livro que você sonhava mas tinha preguiça de enfrentar o mundo para comprar. Texto Anterior: Apple anuncia 1.300 demissões Próximo Texto: Netscape responde com sofisticação à concorrência na rede mundial Índice |
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