São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 1996
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Amir afirma que não queria matar Rabin

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O estudante de direito Yigal Amir confirmou ontem que matou o premiê israelense Yitzhak Rabin, mas disse que não queria, necessariamente, eliminá-lo.
"Não tinha a intenção de matá-lo, mas simplesmente de imobilizá-lo, de desviá-lo do caminho", disse Amir, 25, que depôs ontem em Tel Aviv no primeiro dia do julgamento em que é acusado de homicídio premeditado.
"Disparei a primeira bala apontando para a coluna vertebral para feri-lo e por precaução disparei outras duas balas para ter certeza de acertá-lo", afirmou. "Caso minha intenção fosse matá-lo, eu teria atirado na cabeça."
Amir acertou dois tiros pelas costas de Rabin, quando este saía de um comício pela paz em Tel Aviv, em 4 de novembro passado.
Especialistas em direito penal disseram que ficará a cargo dos juízes do caso decidir se o depoimento foi uma declaração de culpa ou inocência.
Amir reafirmou que seu crime foi motivado pela entrega de territórios aos palestinos. Ele pode ser condenado à prisão perpétua. A próxima sessão do julgamento acontece no domingo.

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