São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 1996
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Intimação de Hillary muda rumo do caso Whitewater

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Apesar de assessores da Casa Branca terem passado o dia argumentando o contrário, era consensual ontem em Washington que o caso Whitewater mudou de caráter depois que a primeira-dama Hillary Clinton foi intimada a depor.
Nunca antes uma primeira-dama dos EUA foi intimada a aparecer diante de um júri federal.
Hillary já foi ouvida três vezes pelo promotor especial do caso Whitewater, mas sempre mereceu o privilégio de testemunhar em casa.
O promotor Kenneth Starr quis, ao obrigar a primeira-dama a ir a uma corte federal para depor, deixar claro ao país que sua investigações alcançaram novo patamar de importância.
Hillary vai responder apenas a perguntas sobre como documentos solicitados por Starr há dois anos e considerados desaparecidos foram aparecer na ala residencial da Casa Branca há duas semanas.
O júri federal que vai ouvi-la decidirá se o episódio constitui crime de obstrução da Justiça e se alguém pode ser indiciado por ele.
O advogado pessoal dos Clinton, David Kendall, e dois assessores do casal também foram intimados a depor nesta sexta-feira.
O porta-voz da Casa Branca, Mike McCurry, disse que a primeira-dama está satisfeita por ter sido intimada porque poderá provar que nada fez de ilegal.

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