São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Indianos criam homem-abelha
GILBERTO DIMENSTEIN
Além de gerar empregos, aumentaram a produtividade agrícola. Assim como o homem-abelha, a Índia está repleta de experiências sobre desenvolvimento tecnológico e redução da miséria. "Temos muito a aprender", disse o presidente Fernando Henrique Cardoso, acostumado a ver indianos em altos postos das universidades da Europa e EUA: "É surpreendente a forma como eles enfrentaram a fome, aumentando a produção de grãos". Até a década de 60, a Índia importava grãos; agora exporta. Neste ano, sua produção deve chegar a 180 milhões de toneladas -o Brasil deve colher cerca de 75 milhões de toneladas. Esse é um dos motivos que atrai a atenção do ministro da Agricultura, José Eduardo de Andrade Vieira, que vai assinar acordo para regularizar a importação de sêmen de zebu pelo Brasil. No que se intitulou de "revolução verde", acoplaram-se irrigação e novas sementes, criadas em laboratórios de genética. Também se criaram mecanismos para reduzir a taxa de deterioração dos alimentos, facilitando a conservação. As descobertas agrícolas são apenas um dos aspectos da comunidade científica da Índia, considerada a terceira em todo o mundo, depois dos Estados Unidos e Rússia -daí os avanços em pesquisas espaciais e farmacologia. Devido à abundância de PhDs, a Índia é, hoje, o segundo exportador mundial de software. É um mercado especialmente atrativo aos americanos: um engenheiro indiano é tão bom ou melhor do que seu colega americano e sai por um quinto do preço. (GD) Texto Anterior: FHC não tenta a sorte em mesquita Próximo Texto: Países são semelhantes na área científica Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |