São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 1996
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Presos 11 acusados de assaltar bancos

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia prendeu ontem 11 acusados de integrar uma quadrilha de assalto a bancos da zona leste de São Paulo.
Somando as ocorrências de segunda e terça-feira desta semana, houve seis assaltos a banco e um a carro-forte na cidade. Três pessoas morreram.
A prisão ocorreu após denúncia anônima à Delegacia de Roubo a Bancos do Depatri (Departamento de Prevenção a Roubos contra o Patrimônio) de que o grupo praticaria um roubo a um carro-forte.
Os acusados foram presos em flagrante por formação de bando armado em um apartamento na rua do Têxteis, na Cidade Tiradentes (zona leste).
O delegado Alberto Pereira Mateus Júnior disse que a quadrilha seria especializada em roubo a bancos porque a maioria dos acusados já foi processada e está condenada por esse crime.
Segundo ele, os supostos ladrões roubariam um carro-forte que iria apanhar malotes no hipermercado Paes Mendonça da marginal Tietê, na Penha (zona leste).
No apartamento onde os 11 homens estavam reunidos foram encontrados, segundo a polícia, revólveres, pistolas e carabinas.
A polícia informou que os supostos assaltantes usaram rádios HT para despistar os policiais.
Eles teriam veiculado informação na frequência de rádio da polícia de que estava ocorrendo um assalto a banco no bairro do Ibirapuera (zona sul), na tentativa de desviar a atenção do assalto que praticariam minutos depois.
Até as 22h30 de ontem a polícia não havia terminado o interrogatório dos acusados. Eles se recusaram a dar declarações antes disso.
O secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, José Afonso da Silva, disse ontem que os assaltos a bancos ocorrem porque "eles são vulneráveis".
Segundo o secretário, os bancos investem nas seguranças do transporte do dinheiro e das agências, mas negligenciam no momento de transportar os malotes dos carros-fortes para as agências.
"É inadmissível que os bancos façam um transporte de dinheiro tão seguro, mas, no momento de descarregar o carro-forte, o façam no meio da rua, com a população em movimento", disse Silva.
Segundo a Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos), a responsabilidade do policiamento nas ruas é da polícia.

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