São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 1996 |
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França expõe trabalhos do artista luso-brasileiro Fernando Lemos
ANA MARIA GUARIGLIA
A coleção mostra retratos de uma geração de importantes personagens da vida intelectual, artística e teatral portuguesa, entre eles, o poeta Jorge de Sena e o crítico Adolfo Casais Monteiro. Também fazem parte alguns nus, paisagens e experiências de construção de imagens -colagens, sobreposições de negativos e impressões em negativo e positivo. Os trabalhos foram feitos em Portugal, pouco antes de Lemos imigrar para o Brasil, em 1952. Nascido em Lisboa, em 1926, Lemos jamais se limitou em registrar imagens. Em torno delas existe todo um trabalho de criação do clima e do ambiente. O jogo cênico de luzes e sombras mostra que a câmera funciona como um pincel, lembrando suas origens de artista plástico. Lemos também se voltou ao experimentalismo, desligando-se da visão comum dos objetos. Como o surrealista Man Ray (1890-1976), recorreu, por exemplo, à solarização -transformação de um negativo em positivo. Na década de 60, Lemos fundou, no Brasil, a editora Giroflé e teve sala especial de pintura na 8ª Bienal de São Paulo. Exerceu os cargos de diretor técnico do Masp e diretor do Centro Cultural São Paulo. Texto Anterior: Sundance Festival tem poucos filmes de qualidade Próximo Texto: Hoje tá dando praia em São Paulo! Índice |
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