São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 1996 |
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Coreógrafo canadense traz peça interativa a SP Ana Francisca Ponzio ANA FRANCISCA PONZIO
O espetáculo que ele e seu grupo mostrarão no Moinho Santo Antônio (r. Borges Figueiredo, 310, Mooca), nos dias 18 e 20 de abril, chama-se "Avalanche". "Reúne diversas coreografias de meu repertório, apresentadas como se fossem uma peça única e contínua. No mesmo programa, também vamos mostrar um novo trabalho que estou criando junto com a Lighthouse Rock Orchestra", disse Desrosiers à Folha, por telefone. Segundo ele, sua nova peça inclui efeitos de realidade virtual, produzidos a partir de um dançarino que interage com as imagens de uma tela de vídeo. * Folha - Ao produzir espetáculos com muitos efeitos visuais você não corre o risco de cair no entretenimento superficial? Robert Desrosiers - Para mim, entretenimento não significa falta de profundidade. Acho que criadores e intérpretes têm a responsabilidade de fazer com que a platéia seja cativada pelo que está vendo e, ao mesmo tempo, ser envolvida por um conteúdo que tenha algum significado. Folha - Seus espetáculos são uma mistura de dança pura e teatro. Como acontece esta combinação? Desrosiers - Minhas coreografias possuem danças altamente energéticas, que exigem muita técnica dos bailarinos. Considerá-las dança pura seria limitar a imaginação. Por isso, procuro associá-las a componentes teatrais, que ampliam as idéias. Folha - Seu trabalho já foi comparado ao do coreógrafo norte-americano Alwin Nikolais, um mago da arte cênica. Você se identifica realmente com ele? Desrosiers - Não podemos ser comparados em termos de estilo. Mas ele não tinha medo de usar o palco como uma totalidade, e neste ponto acho que temos alguma afinidade. Texto Anterior: Existem 8 milhões de Barbies no planeta Próximo Texto: Evento terá música e cinema Índice |
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