São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 1996
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Vidro dos edifícios refletem caos no trânsito

MANOEL DIRCEU MARTINS
FREE-LANCE PARA A FOLHA, DA MALÁSIA

Kuala Lumpur é uma das metrópoles que melhor espelham a efervescência do Sudeste Asiático.
Situada no sudoeste da península da Malásia, entre o golfo da Tailândia e o estreito de Málaca, a cidade pulsa incessantemente entre edifícios de vidro, canteiros de obras e trânsito saturado.
O prédio mais alto do mundo, o Kuala Lumpur City Center, será inaugurado em novembro de 1996. Custará US$ 2 bilhões para ficar pronto. Suas duas torres gêmeas de 450 metros de altura superam em 7 metros o Sears Tower de Chicago, nos EUA, que abrigava desde 1973 o metro quadrado mais próximo do céu.
Para os visitantes brasileiros o superlativo tem um gostinho extra: as "Petronas Towers" -como são chamadas as gêmeas de 88 andares- estão aninhadas em um parque de 40 hectares projetado pelo paisagista brasileiro Roberto Burle Marx.
No centro antigo, ao lado do escritório de informações turísticas, a belíssima construção oriental da Prefeitura (Sultan Abdul Samad Building) lembra que nem tudo na capital nasceu ontem.
Em Chinatown (bairro chinês), as estátuas esculpidas na cúpula do templo indiano "Sri Mahamariamman", de 1873, impressionam sem que a gente entenda por quê.
A mesquita Nacional, na colina ao lado da estação central de trens, silhueta à tardinha minaretes de 75 metros de altura e deita a sombra de Allah sobre a cidade.
Borboletas
Para fugir do agito e respirar um pouco de natureza colorida, vale um giro pelas três opções ecológicas da cidade, na margem ocidental do rio Kelang.
Para começar, o melhor é pegar carona nas asas de uma borboleta no "Malasyan Butterfly World", o maior estabelecimento do mundo no gênero. É bom reservar para ele pelo menos o dobro do tempo que se suporia a princípio.
Mais cinco minutos a pé e você chega ao Parque dos Pássaros, que, apesar de coberto por uma rede de proteção, reproduz com perfeição o habitat natural de centenas de aves tropicais, inclusive o raro tucano-rinoceronte, símbolo da ilha de Bornéo e protegido pela lei de conservação das espécies.
Completando a aula de biologia, o passeio termina no Jardim das Orquídeas, perto do memorial Tun Abdul Razak, que expõe acima de 200 espécies de orquidáceas, muitas desconhecidas no Brasil.

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