São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 1996
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Sarney sai derrotado em votação de projeto que regula propriedade

RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), foi um dos grandes derrotados na votação do projeto de lei que vai regulamentar a proteção da propriedade industrial (Lei de Patentes) pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado.
Apoiando a posição do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), Sarney trabalhou pela rejeição do "pipeline", mecanismo que significa a retroatividade de até dez anos na concessão de patentes a produtos farmacêuticos, alimentícios e de química fina já registrados em outros países.
O apelo de Sarney havia convencido boa parte dos integrantes da CAE, mas o placar acabou revertido por pressão do governo.
O próprio presidente interino, Marco Maciel, convocou senadores para apoiarem o "pipeline".
Este é um ponto essencial para o governo, porque os Estados Unidos ameaçam aplicar sanções comerciais contra o Brasil, se o país não adotar o mecanismo de retroatividade na concessão de patentes.
A participação direta de Sarney dava a Suassuna um placar favorável no último dia 17, quando o projeto seria votado.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o senador José Sarney declarou que não se envolveu na votação da Lei de Patentes.
"Se tivesse me envolvido, o resultado seria outro", declarou. Sarney ressaltou que sua posição é mesmo contrária ao "pipeline".
"Minha posição é a mesma de Fernando Henrique, quando ele era senador", concluiu.

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