São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 1996
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PF afirma que não existe nada contra brigadeiro

DA SUCURSAL DO RIO; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O diretor do Departamento de Polícia Federal, Vicente Chelotti, emitiu documento em que afirma nada haver nos arquivos do órgão contra o brigadeiro da reserva Luiz Ricardo Caldas dos Santos.
O documento foi apresentado ontem pelo brigadeiro em entrevista no escritório de seu advogado, Clóvis Sahione, no Rio.
Em Brasília, a assessoria da PF também informou que não há nenhum inquérito em andamento contra o brigadeiro.
Caldas dos Santos, 56, disse ontem que jamais se envolveu com a venda de armas em seu trabalho como consultor da empresa brasileira Gehr Internacional Comércio Exterior, sediada no Rio.
O brigadeiro passou para a reserva em março do ano passado. Em julho, passou a assessorar a Gehr, que representa firmas estrangeiras fabricantes de equipamentos para as Forças Armdas.
Segundo ele, a Gehr representa a firma alemã HK, fabricante de armas portáteis. Ele disse que a representação é recente. "Não deu nem tempo de a HK vender alguma coisa no Brasil", afirmou.
Reportagem publicada anteontem no "Jornal do Brasil" afirmou que o brigadeiro seria o principal elo entre o crime organizado no Rio e o tráfico de armas, de acordo com investigações da PF.
Inquéritos
A PF já instaurou inquéritos disciplinares contra 60 policiais da superintendência do Rio.
Eles são acusados de ligações com traficantes de armas, bicheiros, desvio de recursos públicos e extorsão de clientes de um banco. Quinze policiais tiveram o sigilo quebrado.

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