São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 1996 |
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Indústria do ABCD flexibiliza jornada
DA AGÊNCIA FOLHA, NO ABCD Diretores da empresa Molins, de Mauá, e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD assinaram ontem documento formalizando a redução e a flexibilização da jornada de trabalho para os 380 funcionários da indústria.É a primeira empresa do setor de máquinas no país a adotar o esquema de flexibilização de jornada. A decisão foi adotada em acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD. A Molins, que fabrica equipamentos para indústrias de cigarros, também é a primeira empresa no ABCD a acertar um acordo de estabilidade de emprego com o sindicato com reciprocidade. Isso significa que a empresa garante o emprego por seis meses e os 168 funcionários da produção se comprometem a não pedir demissão durante este período. Anunciado em 18 de janeiro, o acordo foi assinado na sede do sindicato, em São Bernardo. "Foi a melhor solução para reduzir custos sem demitir funcionários", disse o gerente comercial da empresa, Fábio de Souza. Pelo acordo, a jornada de trabalho será reduzida a partir de julho de 44 horas semanais para 42 horas e meia. Em janeiro de 1997, será reduzida para 40 horas. Quando a produção estiver aquecida, a jornada será flexível, com um máximo de 44 horas de trabalho semanais e um mínimo de 36 horas. Outro ponto do acordo é o fim do pagamento mensal de um prêmio de produtividade aos funcionários da produção. Com o fim do prêmio, a empresa pagará uma indenização total a estes funcionários de R$ 1,1 milhão. Para os sindicalistas, o acordo é um avanço, a melhor alternativa para evitar novas demissões. "Foi um acordo bom dentro das circunstâncias. A Molins preferiu negociar a demitir arbitrariamente", disse Carlos Alberto Grana, secretário-geral do sindicato. Texto Anterior: Cegonheiros recebem proposta de 27,65% Próximo Texto: 'Não se faz pirotecnia', diz Paiva Índice |
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