São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 1996
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Cegonheiros recebem 32% e encerram greve

MARCELO MOREIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, NO ABCD

Os "cegonheiros" do ABCD decidiram na noite de ontem aceitar a proposta de reajuste no preço do frete de 32,21%, em duas parcelas, feita pela ANTV (Associação Nacional dos Transportadores de Veículos). Os cegonheiros -motoristas de caminhões que transportam veículos- estavam em greve há seis dias.
Com o acordo, a categoria retornou ao trabalho às 20h35 de ontem. Os motoristas receberão reajuste de 17% sobre o trabalho realizado em janeiro e os restantes 13% a partir de 15 de fevereiro.
O presidente do Sindicato dos Transportadores do ABCD, Aliberto Alves, 43, disse que o acordo não era o ideal. "Queríamos 47% de reajuste, mas nosso acordo é melhor que o de Betim, onde foi obtido 27,65%."
Durante a tarde, os transportes já tinham proposto um reajuste igual ao de Betim, recusado pela categoria. Os motoristas pediram 47% afirmando que este era o percentual necessário para repor desde o Plano Real.
Durante os seis dias, a greve deixou mais de 13 mil veículos nos pátios das montadoras e concessionárias, segundo estimativas da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.
Anteontem, a ANTV divulgou a informação de que teria havido depredação de dez automóveis e três caminhões de transporte. As depredações teriam ocorrido de madrugada, quando a empresa Brazul tentava transferir carros do pátio da Volkswagen para o seu próprio.
O sindicato dos cegonheiros negou que filiados seus tenham participado de depredações e a Polícia Militar do ABCD não registrou nenhuma depredação ontem.

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