São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 1996
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NOITE ILUSTRADA

ERIKA PALOMINO

Êta! E depois dessa semana animada parece que nem tem mais nada. Mas tem. Civilização é isso: ter pra onde ir em qualquer dia da semana. Não é bem assim e SÃo Paulo não é Nova York, mas a gente continua tentando não é mesmo?

Então vamos comentar a festa do pula-pula, sexta passada (parece que foi há tanto tempo...). É essa festa Love Bomb, que foi lá lá naquele casarão amigo do Anjo Azul. E na dúvida se tocava tecno ou garage o Edu Gantous alternou um e outro, deixando a pista sem saber. Sei lá. E o mailing era o da Mattel, de tanta Barbie. E a sala Vip funcionou. E pelo menos é alguma coisa diferente pra fazer. Animados, eles já marcaram a próxima: dia 9 de fevereiro. Mas a melhor coisa mesmo era o pula-pula colocado no palquinho. E os clubbers entravam, pulavam pulavam de mãos dadas e depois se jogavam. E lá ficavam, derretendo, no chão.
E como diz o Simão, hoje só amanhã. Que feriadão não dá.

E é bem simpática a nova decoração do Hell's. Que contra tudo e contra todos os aleijos estava lotado sábado passado. Com muita perguntação pra lá e pra cá, mas vivo. E o Mau Mau, inspirado, tocou até samba. E a Grace Lesada mostrou no pé, no palquinho. Histórico.

Você já foi ao Tambor? Então vá.
E sábado que vem tem babado no Rio. A festa "Queimando o Filme e Pintando o Sete" traz fotos de Cabbé Araujo e telas de Fabio Guimarães para retratar a cena clubber carioca. A festa tem som de Felipe Venancio, com participação da top-drag Rose Bom Bom, que no Rio é persona obrigatória.

E acabou a brincadeira. A Pool FM, tal qual nós a conhecemos, não existe mais. Foi vendida e seu staff original desaquendado. Uma pena. Uó.

E já tem até a dança do pula-pula, pra fazer companhia pra dança do ratinho. E que consiste no óbvio, né? Se vira.

E vamos comentar a festa do Blondie, anteontem. Que praticamente acabou com a chegada nada amiga da polícia, mandando baixar o som. Eric Caramelo abriu bem para o Mau Mau, que passou pra pista de dentro porque não é obrigado a tocar com som baixo. O clima ficou aquele mesmo de quermesse clubber -um clássico já do bazar Blondie. E o raio laser passava bem. Ao menos é alguma coisa diferente bla bla bla...

E na linha coisas diferentes os clubbers se despencaram lá pra USP, pra tal festa tecno na rua da Reitoria. E ninguém mais me fala em USP até o final do ano! Tudo muito bonito, mas parecia festa no playground da tia Marly. Aquela coisa meio jogada, né? E você perguntava onde era o banheiro e o povo ria na sua cara: os clubbers tinham que fazer xixi no matinho mesmo que já estava bom demais. Tchau tchau. Até a próxima.

E diz que na inauguração do Columbia ABC o que era tudo eram as finas do EQ de vestido de strass comendo coxinha. E diz que o lugar é tudo. E teve ônibus-hype, que parece ser mesmo a sensação do verão para ir a lugares diferentes bla bla bla.

E atenção: depois do desfile da Ellus, quarta-feira, passe para o Twiggy e aquende a primeira edição da "Toda Quarta Retardada", a noite do promoter Nenê na casa.

E a nova sensação entre o povo da noite são os brinquedinhos de criança. Sim, depois dos anéis-apito da época da Nation e do Massivo os clubbers agora saem com cornetas, martelinhos. Uma meiguice.

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