São Paulo, sábado, 27 de janeiro de 1996 |
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Técnico vê falência de previdências municipais
ANA MARIA MANDIM
A previsão é de Antônio Isidoro Furlan, superintendente da Caixa de Previdência dos Funcionários de Londrina e coordenador da Comissão Técnica Nacional dos Institutos de Previdência Municipal. Furlan afirma que só à caixa de Londrina o INSS deve cerca de R$ 100 milhões. "Nós recebemos os funcionários, mas não o repasse das contribuições que eles fizeram ao INSS até se tornarem segurados da prefeitura. Se não recebermos a compensação, ou aumentaremos a alíquota a níveis insuportáveis ou fecharemos em cinco anos". O município de Londrina está pagando a aposentadoria de 620 funcionários. Os benefícios variam de R$ 220,00 a R$ 2.000,00, de acordo com Furlan. A Constituição de 1988 permitiu que os municípios criassem regimes previdenciários próprios, liberando-os da contribuição ao INSS. Os municípios ganharam a liberdade de fixar a alíquota de contribuição e o benefício recebido pelo aposentado. A grande maioria dos municípios, no entanto, continuou transferindo a contribuição previdenciária para o INSS. Furlan diz que os fundos municipais de Previdência foram criados "confiando" na compensação financeira. "Nada foi regulamentado, e a proposta do governo de reforma da Previdência não leva esse fato em consideração". Texto Anterior: Votação da reforma deve durar 3 dias, diz Soares Próximo Texto: Líder pede 'filtro' à ação de senadores Índice |
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