São Paulo, sábado, 27 de janeiro de 1996 |
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Belo Horizonte teve 21 operações semelhantes
AURELIANO BIANCARELLI
Lúcio Galvão Dantas, 37, médico do instituto, diz que sua equipe já operou 21 pacientes e que a maioria voltou a enxergar. "Alguns tinham perdido a visão havia mais de dez anos", disse Dantas. Segundo o médico, sua equipe foi a pioneira na América Latina a realizar a ceratoprótese biocolonizável. O método é atribuído a Jean-Marc Legeais, do hospital Hotel-Dieu, de Paris. Enquanto próteses como a de Dohlman empregam um suporte mecânico para fixar a lente, a prótese francesa é biocolonizável, integrando-se aos tecidos do olho. Diferentes métodos vêm sendo tentados no mundo há mais de um século. Renato Neves estima que entre 5 mil e 20 mil pessoas -que não puderem sofrer transplante de córnea- poderiam se beneficiar do implante no país. Segundo ele, a Escola Paulista de Medicina vai produzir as próteses e fazer implantes gratuitamente dentro de alguns meses. Denise de Almeida ficou cega em 1993, em consequência de uma alergia provocada por medicamento. Formada em letras, ela quer agora fazer pós-graduação, retomar suas leituras e caminhadas pela praia. "Era o que mais gostava", disse. (AB) Texto Anterior: Implante de 'olho artificial' devolve visão a mulher depois de dois anos Próximo Texto: Balão de 'camisinha gigante' é proibido Índice |
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