São Paulo, sábado, 27 de janeiro de 1996 |
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Implante de 'olho artificial' devolve visão a mulher depois de dois anos
AURELIANO BIANCARELLI
A cirurgia foi feita no hospital 9 de Julho por uma equipe da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. A operação é conhecida como ceratoprótese e é indicada para casos em que o transplante de córnea não é possível (veja no quadro acima como é feito o implante). Denise foi a primeira brasileira a se submeter a esse tipo de implante pelo método de Claes Dohlman, um professor da Universidade de Harvard, EUA, que já operou mais de 30 pacientes (leia texto abaixo). "Ela recuperou praticamente 100% da visão", disse o médico Renato Neves, 30, que comandou a equipe ao lado de Marcelo Cunha, 40, os dois da Escola Paulista de Medicina e do 9 de Julho. Dois meses atrás, durante uma operação de quatro horas, a prótese foi implantada no olho esquerdo. A pálpebra foi fixada, mantendo-se fechada. Na última quarta-feira, os médicos fizeram um pequeno corte na pálpebra e Denise passou a enxergar pela lente. "Demorei para acreditar que estava vendo médicos e enfermeiras à minha volta", contou. Ontem à tarde, em sua casa no Rio de Janeiro, Denise disse que já estava se adaptando à prótese. "Estou olhando as coisas com a curiosidade de quem ficou muito tempo fora", disse. Texto Anterior: Polícia faz convênio para facilitar doação de córnea de assassinados Próximo Texto: Belo Horizonte teve 21 operações semelhantes Índice |
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