São Paulo, sábado, 27 de janeiro de 1996 |
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Disputa entre Pepsi e Coca acaba em empate
CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
A Coca quer impedir que o filme, em que aparecem dois chimpanzés, continue a ser transmitido pelas emissoras de televisão. A Coca-Cola entrou, na terça-feira, com uma representação contra a Pepsi junto ao Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar). Ontem, numa reunião de conciliação promovida pelo Conar, foi confirmado que o anúncio continua no ar até o julgamento do mérito da representação. Ponto, portanto, para a Pepsi. Em contrapartida, a data do julgamento, que estava prevista o dia 8, foi antecipada para a próxima sexta-feira, diminuindo o prazo para a defesa da Pepsi. Ponto, nesse caso, para a Coca. A Pepsi-Cola está investindo pesadamente na defesa do anúncio. Contratou, especialmente para esse caso, o advogado Saulo Ramos, ministro da Justiça durante o governo Sarney. Ramos disse que vai basear sua defesa, que terá que ser apresentada até quarta-feira, na tese de que o anúncio não fere os princípios do código de ética dos publicitários. Ele ironizou, ao final da reunião, que apenas ele, o advogado, havia perdido com as decisões de ontem do Conar, porque terá menos prazo para sua defesa. A Coca-Cola alega que o anúncio é ofensivo aos consumidores do seu refrigerante ao compará-los com macacos. A Pepsi rebate lembrando que o mesmo comercial já foi apresentado em 37 países e apenas na Grécia houve uma reação desfavorável do seu principal concorrente. O filme foi feito nos Estados Unidos há dois anos e a Pepsi está investindo US$ 2 milhões na sua veiculação no Brasil. Texto Anterior: Para Argentina, toda montadora terá cota Próximo Texto: SDE proporá dissolução da Kolynos-Colgate Índice |
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