São Paulo, sábado, 27 de janeiro de 1996
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Paulista sim, mas com sotaque carioca

MATINAS SUZUKI JR.
EDITOR-EXECUTIVO

Meus amigos, meus inimigos, back to Rose Bowl, lá em Ribeirão Preto e branco com o Corinthians.
Desta vez, não apenas como promotores, mas como agente, já que o Botafogo (como é que fica, hein minha gente?) estará no Santa Cruz, dirigido pelo Alfredo Riul, o breve no Corinthians, para o vernissage oficial do neo-alvinegro.
Vai ter aquele negócio de ser primeiro jogo; apesar da união do grupo, o time não está entrosado; a pré-temporada foi pré demais etc.
Reportagem da Folha informa que Riul adotará o mesmo esquema do velho lobo Zagallo, com um homem fazendo o papel do Juninho na ligação entre o meio-campo e o ataque.
Tá tudo muito bom, tá tudo muito certo, mas, se não ajustar o time para marcar a dupla carioca do Corinthians, Marcelinho e Edmundo, não sei não...
Nem 7, nem 9, nem 10: 8 parece ser um bom número para o Edmundo.
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Maravilhoso ver o pequeno grande Luisinho entrar em campo e jogar por cinco minutos que valeram por 90.
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Toda vez em que o Corinthians joga com o Botafogo, do Tito Biaggi, eu lembro que o Vicente Matheus contratou o botafoguense Geraldão, então artilheiro do Paulista.
Levou um ano para ele descobrir que fizera a contratação errada.
Tinha deixado o Sócrates em Ribeirão Preto. Demorou, mas ele corrigiu o erro.
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Parece que o Djalminha faz também a sua entrada oficial no Palmeiras, amanhã. Wanderley Luxemburgo tem um grande desafio, que é distribuir bem as peças do meio-campo. Mas, como se costuma dizer, trata-se de um bom problema.
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Valdir Bigodinho, mesmo a meio vapor para a estréia hoje, poderá compor uma bela dupla com o também bigodinho Almir. Muita velocidade no ataque, como gosta o mestre Telê.
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Edmundo, Marcelinho, Valdir, Djalminha, Marquinhos: o futebol paulista continua com um doce sotaque carioca.
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Continuo achando oportuna a experiência com os tempos técnicos durante o jogo. Já a numeração fixa para cada jogador deveria virar lei definitiva.
Está certo também que um time possa ganhar o campeonato sem que se dispute a fase final.
Agora, alô, alô, seus juízes, seu Farah e Cia: não pode, como manda o vosso regulamento, repetir cor de calções e meias, né mesmo?
Olho de lince no lance.
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Grande baixa a ausência do Ronaldinho, aquele do aparelho nos dentes, na seleção pré-olímpica do velho Lobo do fut Zagallo.
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O campeão brasileiro Bota fogo nisso com a dupla Túlio e Bentinho.
Se levar o deus do trovão Tupã, aí que resto será mesmo cinza.

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