São Paulo, sábado, 27 de janeiro de 1996
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Garbage é alternativo e não dispensa o pop

SYLVIA COLOMBO
DA REDAÇÃO

O Garbage, que acaba de lançar seu primeiro disco no Brasil
O Garbage é uma banda típica dos anos 90. Na década em que o alternativo se impôs com mais intensidade na cena pop, guitarras distorcidas, samples e letras angustiadas compõem uma fórmula por muitos exercida, mas por poucos com criatividade.
"O Garbage apostou a sua originalidade 'assaltando' outros estilos, por isso misturamos blues, jazz e tudo o que é bom no cenário pop de hoje em dia", disse a vocalista Shirley Mason, em entrevista à Folha, por telefone, de Madison, nos EUA.
O primeiro CD da banda, formada também por Steve Markes, Duke Erikson e Butch Vig acaba de ser lançado aqui pela BMG.
O Garbage nasceu em Madison, Wiscosin, em 93, quando os três músicos, que já tinham tocado em várias bandas e trabalhado com outros artistas (Vig produziu trabalhos do Nirvana e Smashing Pumpkins), convidaram Shirley Mason, na época na banda Angelfish, para formar o Garbage.
"Nossa idéia era fazer um som típico da nossa era, que revelasse toda a tristeza na poesia, e um pouco de revolta na música", diz Shirley.
O abuso dos ruídos, a fusão com o punk rock e a distorção da melodia inspirou o nome da banda ("garbage" significa lixo), que, segundo Shirley, "traduz a liberdade de tratar o estranho com liberdade e energia."
Ela aceita a comparação com a banda Portishead, mas reafirma a personalidade do Garbage. "Tratamos de temas típicos, mas exploramos a esquisitice."
O Garbage já começa a compor material novo para o próximo disco. Durante o processo de composição a banda reúne-se por vários dias em locais afastados.

Disco: Garbage
Lançamento: BMG-Ariola
Preço: R$ 20 (o CD, em média)

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