São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 1996 |
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Academia já pensa um projeto na área militar
RICARDO BONALUME NETO
Os acadêmicos agora vão até mais longe: querem discutir em pé de igualdade com os militares. É o reflexo no meio universitário do velho ditado francês que diz que a guerra é algo sério demais para ser deixado só aos generais. Por exemplo, um "paper" apresentado na 19ª reunião anual da Anpocs (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais), em outubro passado, escrito por Domício Proença Júnior, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), tinha um título significativo: "Prioridades para as Forças Armadas - Uma visão do 'dever-ser' acadêmico". Para Domício, "a questão da segurança, em especial da defesa, (...) tem consequências diretas na percepção do Brasil pelas outras nações. Na comunidade das nações, a política de defesa é lida como a expressão mais real (...) das ambições e metas de um país". Como o Brasil está na rara posição de não ter uma ameaça militar iminente, "a tarefa do preparo da força, paradoxalmente, se torna mais difícil", segundo Domício. O resultado é a ênfase em projetos de base tecnológica, como o programa do submarino nuclear da Marinha ou o projeto Sivam. Texto Anterior: Perda da Amazônia toma imaginação militar Próximo Texto: RAIO X DAS FORÇAS ARMADAS Índice |
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