São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 1996
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Marinha é a mais equipada

RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

A idade do armamento não diz tudo. Mesmo colocado entre companheiros da mesma idade, os tanques M-41 do Exército, de origem americana, são obsoletos. Os caças F-5 da FAB também não eram equipamento de primeira linha de seus fabricantes, os EUA, já na década de 60.
Já as mais novas fragatas, as Tipo-22, apesar de terem pertencido à Marinha Real britânica, ainda fazem parte do primeiro time. Elas só foram vendidas ao Brasil graças aos novos tempos, de fim da Guerra Fria e diminuição dos orçamentos militares dos países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
A Força Aérea Brasileira continua sendo a maior da América Latina. Ela não tem, porém, os aviões mais modernos do continente.
Uma força aérea depende muito mais de "capital" do que de "trabalho". Sua ferramenta básica é um equipamento caro, que concentra tecnologia em um espaço pequeno: o avião.
O Exército é a maior das três Forças e, talvez por isso, esteja em situação pior quanto ao seu equipamento. Equipar quase 200.000 homens com armamento moderno custa caro.
A diferença tecnológica com um Exército de Primeiro Mundo é grande. Por isso, uma das opções foi criar pequenos nichos de modernidade para servir de núcleo de uma expansão em caso de conflito.
Outra área essencial é a guerra eletrônica, na qual o Exército ensaia seus primeiros passos. Intervir nas comunicações do adversário é um dos pontos-chave na guerra moderna, impedindo que o inimigo consiga controlar e comandar suas tropas.
(RBN)

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