São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 1996
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Quinto dia útil do mês é evitado

DA REPORTAGEM LOCAL

Clientes das agências bancárias de São Paulo estão adotando as mais diversas estratégias para diminuir os riscos de serem assaltados à saída do banco.
A funcionária pública Dilma Belo Pereira, 45, por exemplo, nunca vai ao banco nos dias de pagamento, em especial no 5º dia útil de cada mês.
Ela diz que evita ao máximo ir ao banco. Quando vai, leva ou tira pouco dinheiro, de preferência espalhado por vários bolsos. "Carteira, nem pensar", afirma.
As irmãs Floresdite Maranguani e Maria Maranguani Trotti, que sempre vão juntas ao banco como prevenção contra assaltos, também evitam fazer transações bancárias em dias de pagamento.
Para o mágico Roberto Patrício Paravatti, 26, os riscos para os clientes nas agências seriam menores se os bancos, em especial os ligados ao governo, fizessem esforços para diminuir as filas.
Na última sexta, ele esperava havia duas horas para retirar seus rendimentos do PIS na Caixa Econômica Federal da rua Dom José de Barros (região central).
"O tempo que estou parado aqui dá para algum ladrão olhar para mim, sair, buscar comparsas e me roubar quando eu sair."
Paravatti afirmou que costuma ir ao banco vestido de maneira bem simples para não chamar a atenção de ladrões. "Vou sempre de bermuda e chinelo", conta.
O segurança Idelfonso Brites, 45, que também estava na fila, diz que procura sempre "sair rápido do banco, sem conversar com as pessoas".

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