São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 1996 |
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Itália oferece sucesso tardio
SÍLVIO LANCELLOTTI
Por que tal fenômeno? Weah não tem culpa do fato. Passou sete temporadas na França. Pelo Monaco, disputou 103 pelejas e anotou 47 tentos. Pelo Paris SG, em 96 partidas, realizou 32 gols. A Itália não se interessou antes por Weah em função de um preconceito -não racial. Mas de uma dúvida conceitual: até recentemente a Itália ignorou a África por desconfiar do temperamento dos seus craques. Durante a Copa de 90, Luciano Moggi, que montou o time do Napoli, campeão em 87 e 90, me contou que, apesar do sucesso de Camarões no torneio, dificilmente qualquer clube peninsular contraria os seus astros. A razão: o choque cultural. Alojados em Bisceglie, num hotel das redondezas de Bari, os camaroneses não resistiram aos prazeres da piscina, à descoberta da macarronada e ao vinho espumante e geladinho do lugar. Weah se tornou aceitável após estagiar na França e lá provar a sua compostura. Tem dois filhos e um temperamento caseiro. Adora fazer seus pratos, como um ensopado apimentadíssimo de galinha em molho de banana e amendoim. E, em inglês, lê obras de política e de sociologia. Texto Anterior: Melhor jogador mundial quer Presidência Próximo Texto: Flamengo pega Vasco no pré-Estadual do Rio Índice |
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